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A incidência de câncer de estômago tem diminuído consideravelmente nos últimos trinta anos, principalmente nos países ocidentais. Não se sabe bem o porquê, mas estudos têm sugerido que isso se deve ao desenvolvimento de métodos mais apropriados de conservação dos alimentos. Porém, a ocorrência de câncer de estômago é duas vezes maior em homens do que em mulheres e costuma acometer pessoas acima de 50 anos de idade. E pessoas que bebem e fumam possuem 40 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de câncer, conforme informou o cirurgião oncológico, Fidélis Manes Neto.
Em sua palestra durante a Campanha Anual de Prevenção e Combate ao Câncer do Hospital São Marcos, o especialista afirmou que o câncer de estômago é curável, na maioria dos casos, quando detectado em sua fase inicial. “Entretanto, sua detecção precoce é relativamente difícil, uma vez que no começo, não costuma apresentar sintomas”, acrescentou.
Quando ocorrem, os mais comuns são: repetidos episódios de indigestão, perda de apetite, dificuldades para engolir, perda de peso, inchaço abdominal após as refeições, náuseas constantes, azia persistente e sangue nas fezes ou fezes escuras demais. “Estes sintomas são comuns em muitas outras situações; a maioria das pessoas que os apresentam não tem câncer de estômago. Entretanto, é importante relatá-los ao médico para tratar suas causas”, orientou o cirurgião oncológico, Fidélis Manes Neto.
Vários estudos têm demonstrado que a dieta é um fator preponderante no aparecimento do câncer de estômago. Uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com uma alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer.
Outros fatores ambientais como a má conservação dos alimentos e a ingestão de água proveniente de poços que contém uma alta concentração de nitrato também estão relacionados com a incidência do câncer de estômago.
Há também fatores de risco de origem patológica. A anemia perniciosa, as lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e metaplasia intestinal e as infecções gástricas pela bactéria. “Pessoas fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de câncer”, destacou o especialista.