Anualmente 300 pessoas são detectadas pelo vírus da AIDS no Piauí
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Às vésperas do Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro), o Ministério da Saúde divulga o Boletim Epidemiológico 2011 assinalando que, entre 1980 e junho de 2011, 3.657 pessoas foram infectadas com o vírus da aids no Piauí. Em média, 300 pessoas são diagnosticadas com a doença, anualmente, no Estado. Nos últimos 30 anos, 608.230 pessoas foram infectadas no Brasil.
Em 2009, o número de piauienses diagnosticados com a doença chegou a 364. No ano passado foram 344 casos, enquanto este ano, até o mês de julho, foram 138 casos. "O que temos percebido é um aumento, mesmo pequeno, no número de casos de AIDS. Na prática, historicamente os casos vem aumentando, especialmente entre os jovens. Porém, no Piauí os casos mais freqüentes são registrados entre os 29 a 39 anos", destacou Karina Amorim, coordenadora estadual de combate a Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).
O Piauí aparece na sétima colocação entre os estados nordestinos com maior notificação de casos da doença com relação a jovens de 15 a 24 anos. Foram 67 casos registrados no último ano. E um dado mais preocupante revela que é preciso cada vez alertar os jovens a cerca da prevenção. Segundo o levantamento do órgão, a mortalidade por Aids entre pessoas de 15 a 24 anos apresentou um aumento 50% no Piauí, passando de quatro óbitos em 2009 para sete em 2010.
Segundo a coordenadora Karina Amorim, uma problemática que ainda persiste é a subnotificação dos casos nos municípios do interior do Estado. "Não dá para afirmar quantos portadores do vírus existem de fato, pois há um atraso no repasse dos dados", disse. Mas, segundo ela, o problema vai além disso: "Muitas pessoas desconhecem que têm o vírus. É preciso orientar para que os jovens façam testes rápidos para que, dessa forma, possamos atingir os casos até então desconhecidos", pontuou.
Porém, para Amorim, ainda há muito a ser feito para que haja uma redução no número de casos, principalmente entre os jovens. De acordo com ela, ainda há uma resistência por parte das escolas e da família em trabalhar a prevenção. "Ainda existe o tabu que impede a discussão sobre a sexualidade na família e nas escolas. Esse acesso às informações também é importante", destaca.
O estudo do Ministério da Saúde mostra ainda que, entre 1980 e junho de 2011, 608.230 pessoas foram infectadas com o vírus no Brasil. Menos de 1% da população de 15 a 49 anos tem a doença - a taxa de prevalência é 0,61% e manteve-se estável entre 2009 e 2010. A prevalência entre os homens é de é 0,82% e entre as mulheres 0,41%.
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