
Fevereiro é o mês dedicado à campanha que alerta sobre a leucemia e reforça a importância do diagnóstico precoce e, especialmente, sobre a relevância da doação de medula óssea.
A leucemia é um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas e que apresenta diferentes subtipos. Seu tratamento, muitas vezes, requer intervenções complexas como quimioterapia ou transplantes de medula. Esses procedimentos são essenciais para a recuperação dos pacientes e, em muitos casos, o transplante se torna uma alternativa viável e necessária.
“O Hospital São Marcos, referência no Piauí, é o único do estado a realizar transplantes de medula óssea, oferecendo esperança a pacientes com doenças hematológicas”, informa Drª Alyne Freitas, médica hematologista.
Os tipos e subtipos relacionados à leucemia
Leucemia Aguda
Caracterizada por um aumento rápido das células imaturas, chamadas blastos, na medula óssea.
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA):
A LLA afeta principalmente os linfócitos, um tipo de glóbulo branco. É mais comum em crianças, embora também possa ocorrer em adultos.
Sintomas: Fadiga, febre, sangramentos, dor nos ossos e aumento do fígado e do baço.
Leucemia Mieloide Aguda (LMA):
A LMA afeta os mieloblastos, que dão origem a células mieloides, glóbulos vermelhos e plaquetas. É mais comum em adultos.
Sintomas: Semelhança com a LLA, mas pode incluir infecções, hiperplasia da gengiva, manchas no corpo e sangramentos.
Leucemia Crônica
As leucemias crônicas têm um desenvolvimento mais lento e geralmente envolvem células mais maduras.
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC):
É caracterizada pelo acúmulo de linfócitos maduros, geralmente em adultos mais velhos.
Sintomas: Muitas vezes assintomática no início; sintomas como fadiga, aumento dos linfonodos e perda de peso podem ocorrer ao longo do tempo.
Leucemia Mieloide Crônica (LMC):
A LMC resulta do crescimento descontrolado de células mieloides. Geralmente afeta adultos.
Sintomas: Pode incluir fadiga, febre, sudorese à noite e aumento do baço.
Referência em Transplante de Medula Óssea
Com uma equipe multiprofissional altamente capacitada, o Hospital São Marcos tem se destacado na luta contra doenças hematológicas, oferecendo tratamentos que vão desde quimioterapias a transplantes. “O transplante de medula óssea é um procedimento que visa substituir a medula danificada por células-tronco saudáveis. Esta técnica é frequentemente necessária em casos de leucemia, anemia aplástica, linfomas, mielomas e outras doenças hematológicas.”, assegura Drª. Alyne Freitas.
Nas leucemias agudas, o transplante indicado quase sempre é de natureza alogênica e, por isso, é necessário um doador de medula para o paciente acometido. O sucesso do transplante depende, em grande parte, da compatibilidade entre doador e receptor, fazendo da doação um ato de amor e solidariedade vital para muitos.
Como se tornar um doador?
Ser um doador de medula óssea é simples e pode fazer a diferença na vida de alguém. Confira o passo a passo para se tornar um doador:
1. Verifique os critérios de elegibilidade
Idade entre 18 e 55 anos;
Boa saúde geral;
Não ter doenças infecciosas ou condições crônicas que impeçam a doação.
2. Cadastro
Para doar é necessário realizar o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O cadastro pode ser feito em uma das unidades do Hemopi.
3. Coleta de amostras
A coleta é feita através de uma picada no braço, onde é retirado sangue para a realização de exames de compatibilidade.
4. Acompanhamento
Caso você seja compatível com um paciente, será consultado sobre a doação, que pode ser feita de forma simples e segura.
Apenas 30% dos pacientes encontram doador compatível na família. O restante depende de doações anônimas. Participe dessa corrente de solidariedade e salve vidas!
Fevereiro Laranja é mais que uma campanha – é um chamado à ação. Torne-se um doador e faça a diferença!