Hábitos alimentares inadequados dão origem a 35% dos casos de câncer ambientais, no mundo.
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As formas como uma alimentação saudável pode reduzir consideravelmente a chance de desenvolver um câncer foram o tema da palestra ministrada pela nutricionista clínica do Hospital São Marcos, Adriana de Pádua Nogueira, no quarto dia de curso da campanha Diagnóstico Precoce: sua Chance de Cura. Durante a palestra a nutricionista informou que, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 35% dos casos de câncer ambientais, ou seja, que não são hereditários, são desenvolvidos por causa de hábitos ruins de alimentação, que também levam à obesidade. O tabagismo vem em segundo lugar na lista da OMS, com 30%.
“O mais grave nesse quadro é que a nutrição é um fator que pode evitar o surgimento da doença, através de uma alimentação saudável é possível prevenir uma série de doenças, entre elas está o câncer”, explica Adriana Nogueira. Entre os tipos de câncer que podem ser evitados através de uma alimentação equilibrada estão comprovadamente o câncer de cólon e reto, o de mama e o de endométrio. Entre os tipos que possivelmente podem ser evitados, de acordo com a OMS, estão os cânceres de rim, esôfago, pâncreas, pulmão e próstata.
A nutricionista orienta que boas formas de manter uma alimentação saudável são comer pelo menos 5 frutas ao longo do dia, eliminar da dieta açucares, e carboidratos simples, moderar o consumo de carne e eliminar o consumo de embutidos, como salsinhas e presuntos, priorizar o consumo de gorduras insaturadas, como o azeite de oliva, e aliar tudo isso à prática de exercícios físicos.
A segunda palestra do último dia de cursos na campanha promovida pelo Hospital São Marcos foi ministrada pelo oncologista Rodrigo Valença e tratou sobre câncer do colo de útero. Este é o 2º tipo de câncer mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de mama. É também o 3º tipo com maior incidência no Brasil.
“Hoje, no Brasil tem gente morrendo que não precisava estar. Para evitar isto as mulheres só precisam fazer o exame de papanicolau anualmente, a partir do momento em que começam a menstruar, ou seja, que entram em idade reprodutiva. Se todas as mulheres tivessem essa consciência, 90% das pacientes teriam a vida salva”, afirma o oncologista.
Rodrigo Valença e ainda mais enfático ao afirmar que esta é um problema de saúde pública: “O Programa Saúde da Família – PSF –, do Governo Federal, tem papel fundamental no combate ao câncer de colo de útero. Os casos que o Hospital São Marcos trata hoje são casos de alta complexidade, que poderiam ter sido evitados em ações da saúde básica”.
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