INCA estima 4.620 mil novos casos de câncer em 2012 no Piauí
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O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima em cerca de 520 mil novos casos doença para 2012 no Brasil. Para o Piauí, a entidade estima 4.620 novos casos no próximo ano. Destes 1.350 casos, pelo menos, serão registrados na capital piauiense: Teresina. Os dados integram publicação Estimativa 2012 - Incidência de Câncer no Brasil. A estimativa vale para o período 2012-2013.
O estudo mostra ainda que o câncer mais comum no Estado ocorre entre os homens: o câncer de próstata. No próximo ano poderão ocorrer 690 novos casos, perdendo apenas para o câncer de mama nas mulheres com 410 novos casos. O câncer de colo de útero também aparece com uma alta incidência: 370 novos casos. Desconsiderando o câncer de pele não melanoma (tumor com baixa letalidade) e o câncer de próstata, os tumores mais incidentes ocorrem no pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga. Já entre as mulheres, a glândula tireoide, de modo inédito, aparece no quinto lugar geral, atrás do câncer de pele não melanoma (800), mama, colo do útero, cólon e reto (90). Na sequência, vêm os tumores de pulmão, estômago e ovário.
O INC também divulgou as sete novas localizações de tumores: bexiga (20), ovário (70), tireoide (nas mulheres), Sistema Nervoso Central, laringe (40 caos nos homens) e linfoma não Hodgkin (90 novos casos) - os dois últimos muito noticiados recentemente por terem acometido, respectivamente, o ex-presidente Lula, o ator Reynaldo Gianecchini e a presidente Dilma Rousseff. O mastologista, Antônio Pádua Filho, destacou a importância da prevenção no combate ao câncer. Em sua avaliação é preciso orientar a população. "É preciso reduzir a incidência de casos de câncer através da mudança de hábitos de vida, diagnóstico precoce e mudança alimentar", explicou.
O especialista afirmou ainda que muitos tipos de cânceres podem ser curados se detectados cedo e tratados prontamente; outros podem ser prevenidos por mudanças no estilo de vida. "Existem alguns riscos que podem ser controlados por meio de hábitos da vida saudáveis. Tais fatores podem ser alterados. Câncer como o de colo de útero, por exemplo, só tem quem quiser, pois as formas de prevenção são enormes", pontuou Filho.
O INCA destacou que os tipos de câncer mais incidentes nas regiões brasileiras, são de pele não melanoma, próstata, mama e pulmão. Os especialistas consideram a Estimativa a principal ferramenta de planejamento e gestão da saúde pública na área oncológica no Brasil. Isso porque fornece informações necessárias para a elaboração das políticas públicas de saúde voltadas para o atendimento da população. "A divulgação das estimativas disponibiliza aos gestores de saúde e, especificamente, aos da atenção oncológica, informações fundamentais para o planejamento das políticas públicas de forma regionalizada", afirmou o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, em nota enviada à imprensa.
Os números de casos novos para cada tipo de câncer apresentados na publicação foram calculados com base nas taxas de mortalidade dos estados e capitais brasileiras (Sistema de Informação Sobre Mortalidade - SIM). As taxas de incidência foram obtidas nas 17 cidades em que existem Registros de Câncer de Base Populacional (RCPB). A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma projeção de 27 milhões de novos casos de câncer para o ano de 2030 em todo o mundo, e 17 milhões de mortes pela doença. Os países em desenvolvimento serão os mais afetados, entre eles o Brasil.
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